Por Marco Antonio Jordão
Foto Dreamstime
Felipe Maia e Hélio Machado junto comigo estamos tendo uma trajetória sólida no setor calçadista masculino brasileiro por meio da nossa empresa, a Adolfo Turrion. Com um estilo sereno de administração, mas orientado à entrega, lideramos uma transformação pragmática, que conecta produto, pagamentos, segurança e recorrência ao comportamento real de quem consome.
Ampliando a nossa visão geopolítica e macroeconômica sobre o setor de internet, vemos que, por exemplo, no varejo dos Estados Unidos e da Europa, a Inteligência Artificial generativa vem sendo aplicada para facilitar o cadastro de produtos, para fazer recomendações de compra e provadores personalizados para prova de roupas on-line.
Na verdade a hiperpersonalização não é uma novidade, mas a IA traz escala neste processo. Nem toda inovação aparece no app. Às vezes, ela acontece nos bastidores, nos dados que antecipam as decisões, na fluidez de uma jornada que não trava e na capacidade de escalar tecnologia sem perder a simplicidade.
Da eficiência operacional à integração de jornadas com dados e propósito, a Adolfo Turrion vem construindo uma jornada que começa na compra e termina em algo maior: confiança, recorrência e relevância no ecossistema do varejo. Mas se tem algo que atravessa toda essa jornada é a importância da consistência, essa mesma, que nos posiciona pelo segundo ano consecutivo, como “a empresa brasileira do ano” pelo LAQI - Latin American Quality Institute.
Não estamos falando somente em entregar bons resultados. Falamos de algo mais profundo: da confiança que nasce da forma de estar presente, de tomar decisões e de lidar com os outros. As pessoas se conectam com quem elas sabem o que esperar. E isso não se constrói apenas com carisma ou discursos inspiradores, mas com uma ética clara, uma disciplina silenciosa e uma técnica em constante aprimoramento.
Consistência exige um pacto honesto consigo mesmo. Saber por que você faz o que faz. Estar disposto a explicar suas escolhas, mesmo quando o caminho parecer óbvio para você. Mostrar que existe uma lógica, uma estrutura, por trás de suas ações. E, principalmente, se preparar: estudar, questionar e tentar de novo.
O impacto da inteligência artificial na indústria é inegável: aumento da produtividade, redução de custos, automação de processos e melhoria na tomada de decisão; além disso a IA pode prever tendências de vendas, identificar oportunidades de mercado ou avaliar o risco de investimentos de forma muito precisa.
Para se ter um exemplo a mais das mudanças pragmáticas que o mercado vem sofrendo com o avanço da IA e a revolução dos dados em um mercado que também conhecemos muito bem, entre 2010 e 2023, a margem de lucro líquido das agências de publicidade brasileiras caiu de 14,6% para 5,66%. Uma redução de quase dez pontos percentuais.
O dado reflete os custos crescentes ao longo da última década carregados pelo setor, que veio ampliando a oferta de serviços, e aumentando também a complexidade de sua operação. Este é um dos destaques de uma pesquisa realizada pela Deloitte a pedido da ABAP com o título: Espaço de Articulação Coletiva do Ecossistema Publicitário.
Na visão de Marcia Esteves, presidente da ABAP, o mercado evoluiu estruturalmente, mas manteve modelos de remuneração defasados. “Hoje, a maior parte da remuneração ainda está vinculada à mídia, e muito pouco à entrega estratégica, criativa e tecnológica. A transformação aconteceu, mas a forma de cobrar por ela ficou para trás”.
Há uma epidemia de profissionais de marketing com 10 a 15 anos de experiência que na verdade têm 1 ano de experiência repetido 15 vezes. A virada dos anos 2010 para os 2020 transformou muita gente em operários de plataformas de mídia - onde "otimizar campanhas" substituiu "pensar campanhas".
Pensar campanhas significa pensar na estratégia de como se conectar melhor e mais assertivamente com o público consumidor e, consequentemente vender mais. A IA ,hoje, se traduz na forma extremamente rápida e objetiva de se otimizar algo, cabendo ao ser humano a tarefa de pensar em algo.
Porém, nem tudo são “flores”... a IA causará mudanças "majoritariamente negativas" em 12 traços humanos, incluindo inteligência social e emocional, capacidade e disposição para pensar profundamente, empatia e aplicação de julgamento moral, além do bem-estar mental.
Clique no link e leia a revista FortunA número 20, onde esta matéria foi também publicada: http://adolfoturrion.com/revistas/fortuna20.pdf
