Por Marco Antonio Jordão
Foto: Reprodução HBOMAX Succession
Eu já havia escrito este texto há algum tempo, e ele continua sendo atual e vale a sua menção em nosso Blog. Apesar de a Adolfo Turrion não atuar diretamente no mercado de luxo, nem termos tempo de vida suficiente para estarmos presentes neste nicho de mercado e também não ser o nosso objetivo, pois o nosso mercado é o de luxo acessível, onde procuramos entregar o melhor produto do mercado com o preço justo; há semelhanças ao nosso modo de pensar em não ter, por exemplo, a nossa marca exposta de forma aparente em nossos calçados, de forma a expressarmos o máximo de elegância e refinamento...
Você já ouviu falar em "luxo silencioso"? Também conhecido como "riqueza furtiva", esta tendência estética dos multimilionários vem sendo notada com a prática de uma elite, principalmente a financeira, de optar por roupas, joias e até itens de casa caros e exclusivos, geralmente muito simples e discretos, reconhecíveis apenas por outros multimilionários. Para alguns, é ir na contramão da "pornografia da riqueza”: a ostentação nas redes sociais.
Nada deve ser notado. Entre os itens que se encaixam no movimento, o The New York Times citou os bonés Loro Piana, usados pelo personagem Kendall Roy na série "Succession". No site da grife, eles vão de 390 euros (R$ 2 mil) a 690 euros (R$ 3.600). O burburinho em torno da nova tendência, inclusive, pode ser explicado também pela popularidade da produção da HBO Max.
O jornal norte-americano também listou os sistemas de café TopBrewer, que são vendidos a US$ 15 mil (R$ 70 mil), as toalhas de linho bordadas à mão com monogramas de US$ 700 (R$ 3 mil) da loja Loretta Caponi, os interruptores de US$ 200 (R$ 1 mil) da marca inglesa Forbes & Lomax, entre outros itens que não exigem diamantes ou pérolas para serem considerados de luxo.
A tendência surge em um momento em que as pessoas estão passando mais tempo acompanhando o que os ricos e famosos estão fazendo, e usando, nas redes sociais. Ao jornal norte-americano, Stellene Volandes, editora-chefe da Town & Country, classificou o tipo de "entretenimento" como "pornografia da riqueza".
"Eles são joias domésticas", disse à publicação David Hottenroth, sócio do escritório de arquitetura Hottenroth & Joseph, referindo-se aos interruptores estilo anos 1930 feitos de níquel, bronze e latão.
Privacidade e discrição. Esse tipo de luxo se torna quase secreto, já que não há preocupação em anunciar o que se está vestindo. Esse não é o foco, e quem sabe vai reconhecer.
"Você telegrafa status sem parecer fazê-lo", disse William Norwich, um romancista e editor, ao The New York Times.
Por isso, esqueça os logotipos que saltam aos olhos como nas peças da Louis Vuitton e da Versace, por exemplo.
Afastamento das massas, com a aproximação de novos consumidores ao mercado de luxo, os mega ricos passaram a apostar em outros estilos para continuarem se diferenciando, já que obviamente esse "luxo silencioso" é inacessível para a maior parte da população mundial.